2.2.12

Alma Triste

Minha alma é triste e ninguém vê
Se aos outros o meu ar é de alegria
Não se enganem, é meu disfarce, minha sangria
Assim vou vivendo o que a Sorte antevê

Sem ter com quem me confortar, a Solidão
Enche-se de orgulho acompanhando o meu presente
Ah, como eu queria que ela fosse ausente
E não se mostrasse em meio à multidão

Para quê chorar, se ninguém me nota?
As lágrimas que furtivas escorrem, afligem meu coração
Nele não existem muitos caminhos, só há uma rota:

A falta de Sorte, a Solidão constante e uma férrea amargura...
Essas sensações ferozes, tornam ínfima a mais pura emoção:
O olhar solidário de uma alma heróica e cheia de candura.